domingo, 6 de janeiro de 2013



"Sou sobrevivente dos meus naufrágios. 
Daqueles que eu provoquei, talvez como fuga;
daqueles que me provocaram...
Sobrevivi à cada tempestade.
Cada calamidade em minha vida me encontra mais forte
Cada avalanche que me acomete se
depara com as raízes que surgiram
depois das luas e dias e noites claras com sol...
Sou sobrevivente de cada catástrofe humana e interna.
Das inundações de lágrimas
dos aterros que cederam por não ser amor
por não ser verdade...
Sobrevivente dos meus terremotos
Daqueles que me destronaram em mim mesma
e naqueles em que destronei outrem dentro de mim.

Amanhã talvez acorde mais forte.
Amanhã talvez não chova e eu me dê o sol
como companhia...

Sou pedaços dessa colcha de retalhos que me
aquecem do frio diário.
Sou pedaços de histórias.
Sou sustos. Riachos. Rios. Ventanias.
Passo de largo. Me entrego. Vou embora.
Não sou dada à 'síndrome do mal me quer, do bem me quer'
Sobrevivente como sou, como estou
sei cada marca que trago sobre mim,
as que fiz e as que me fizeram.
Depois de cada invernada
Ressurjo mais doce, mais plena, e até um pouquinho mais 'bela'
Assim me dizem meus amigos.
E acredito. Porque são exatamente 'eles'
que me puxam para fora..."

GERSONITA PAULA - 06/01/2013




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